Biografia de Fidel
Filho de um proprietário rural, nasceu numa granja no município de Mayari, província do Oriente. Estudou em escolas católicas em Santiago de Cuba e Havana, mas foi no colégio de Belém que teve a formação jesuíta. Fidel se formou em Direito, em 1950, pela Universidade de Havana e defende gratuitamente camponeses, operários e prisioneiros políticos.
Em 1948, Fidel participou de um motim popular para derrubar o ditador Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana, e foi apelidado de “Bogotazo”. No mesmo ano, Fidel se casou com Mirta Diaz-Balart, que pertencia a uma das mais ricas famílias cubanas. O divórcio aconteceu em 1954.
Fidel Castro chegou a ser filiado do Partido Social-democrático Ortodoxo, em
1947 e disputou uma vaga para deputado nas eleições de 1952.
Destaca-se na
política em manifestações contra o ditador Fulgêncio Batista. Depois de uma
tentativa de golpe, em 1953, Fidel foi condenado a 15 anos de prisão. Dois anos
depois, em 1955, ele recebeu anistia e foi solto. No exílio, no México, Fidel
fundou o "Movimento 26 de Julho", a bordo do iate Granma, preparando
sua volta a Cuba. Foi lá que conheceu o argentino Ernesto Che Guevara, que o
ajudaria a derrubar o governo ditatorial de Fulgêncio Batista.
Volta a Cuba em dezembro desse ano, 1955, e após três anos de luta, toma
o poder em janeiro de 1959. No início, sem clara definição ideológica, seu
governo recebe ajuda de setores políticos norte-americanos. À medida que toma
rumo socialista, se afasta dos Estados Unidos, que decretam bloqueio comercial
ao país em 1960 e rompem relações diplomáticas em 1961. Cuba passa a
depender economicamente da União Soviética e torna-se um país comunista. Com
o colapso soviético, Fidel começa a reformar a economia cubana, devastada por
uma longa crise, e adota procedimentos capitalistas, como a formação de joint
ventures com empresas estrangeiras. Mesmo assim, declara à imprensa em 1994 que
não pretende transformar Cuba em uma democracia de estilo ocidental.